segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Bloqueio Continental e as invasões francesas


   Alguns reis absolutos, sentindo o seu poder ameaçado, declararam guerra à França, acabando por ser vencidos pelos exércitos de Napoleão Bonaparte. Só a Inglaterra continuou a oferecer resistência. Para a isolar e destruir o seu comércio, o imperador ordenou aos países europeus, em 1806, que fechassem os seus portos aos navios ingleses ­ Bloqueio Continental.
   Portugal hesitou em aderir a este bloqueio, não só porque uma velha aliança o unia à Inglaterra, mas também porque o encerramento dos seus portos aos navios ingleses causaria grande perturbação à economia portuguesa, cujo comércio externo se realizava, essencialmente, com aquele país. Finalmente, em Setembro de 1807, o governo português tomou a decisão de aderir ao Bloqueio Continental e, em Outubro, ordenou a saída dos navios ingleses.
   Entretanto, já Napoleão mandara o general Junot invadir Portugal e terminara as negociações com a Espanha (Tratado de Fontainebleau ­ 27 de Outubro) para que esta participasse na invasão, conquista e partilha do território português.
   Perante este perigo, o príncipe regente D. João e toda a família real retiraram-se, com a sua corte, para o Brasil. O governo do País ficou entregue a uma Regência de cinco governadores nomeados por D. João.
   Ao invadir Portugal, Junot extinguiu a Regência e tomou conta do governo, sem encontrar grande resistência. Mas, após alguns meses, perante os roubos e as violências exercidos pelos Franceses, a população começou a revoltar-se.
A retirada das tropas espanholas trouxe novo ânimo à revolta popular que alastrava por todo o País. A Inglaterra, interessada em impedir o expansionismo napoleónico, enviou um exército para apoiar a resistência portuguesa. Os Franceses foram derrotados pelas tropas anglo-portuguesas, comandadas por Wellesley (futuro duque de Wellington), e, após a assinatura da Convenção de Sintra (1808), abandonaram o País.
   Napoleão não desistiu e Portugal foi novamente invadido, em 1809, pelo exército francês que, comandado por Soult, ocupou o Porto. Mais uma vez o exército anglo-português, com o apoio dos populares, obrigou os Franceses a refugiarem-se na Galiza. Em 1810, houve nova invasão comandada por Massena que, apesar de vencido no Buçaco, avançou sobre Lisboa. Foi detido nas Linhas de Torres Vedras, fortificações mandadas construir por Wellington para impedir o avanço dos invasores sobre a capital.

   Em 1811, cansados de esperar por reforços, os Franceses abandonaram definitivamente Portugal. O País ficara, no entanto, à beira da ruína.

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