quinta-feira, 27 de junho de 2013

Astecas

Os Astecas

Povo também conhecido como “Mexicas”, estabeleceram um poderoso império na região central do México ao longo do século XV. Quando os espanhóis desembarcaram na América seu império era comandado por Montezuma II, estendia-se por mais de 200.00 km² e possuía uma população de 5 à 6 milhões de habitantes. A capital Tenochtitlan, atual Cidade do México, foi formada segundo as tradições mexicas, em 1325, na época era uma das maiores cidades do mundo.
O chefe supremo comandava o exército e a cidade. Chefes guerreiros e sacerdotes compunham a nobreza. A maior parte da população era formada por agricultores, pequenos artesãos e comerciantes, que também trabalhavam em obras públicas e em serviços militares.
Os Astecas foram excelentes construtores de pirâmides. Dominavam técnicas de metalurgia com
ouro e prata, conheciam matemática e astronomia, chegaram até a construir um calendário, a pedra do sol.
Tenochtitlán era dividida em quatro partes, as Calpullis. Elas tinham um governo quase autônomo dirigido pelos chefes das famílias. Cada Calpulli elegia um chefe para representa-las no governo central. Cada um desses individuo exercia uma função junto ao imperador; relações exteriores, guerra e paz, cultos religiosos e assuntos internos. Acima dos Calpulli estava a estrutura estatal (sacerdotes, inspetores de comércio e coletores de impostos).

A religião desempenhava um papel central nas relações ente o Estado e a sociedade. A guerra era sagrada, através dela obtinham escravos para sacrifícios humanos (elemento central entre a comunidade e o Estado). Os mortos em sacrifícios humanos, em combates e as mulheres que morressem durante o parto tinham entrada garantida no “império do sol”. Os mortos comuns iam para um lugar subterrâneo chamado Mictlan.





Um pouco da arte asteca.


A pedra do sol

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A revolução francesa em poucas linhas

Como vimos, a França pré-revolucionária se dividia em três estados. No 1° estado o clero (alto e baixo), no 2° a nobreza (provincial e cortesã, além de alguns membros da nobreza togada), no 3° estado, o mais heterogêneo, estavam a alta burguesia, a pequena burguesia, profissionais liberais, artesãos, camponeses e uma massa empobrecida da cidade, os sans-culottes.
A crise acarretada pela guerra dos sete anos, somada a revolução industrial que estava em pleno vapor na Inglaterra, além do apoio militar dado a independência dos EUA comprometia a situação econômica do país. Mesmo assim os privilégios do 1° e 2° estado não foram revistos. Para aumentar a arrecadação do Estado, Luís XVI entrou em um dilema: cobrar mais impostos do 3° estado  ou cortar os privilégios do 1° e 2° estado e começar a cobrar impostos.
Sua primeira atitude foi convocar a Assembleia dos Notáveis composta por membros do 1° e 2° estado. Em 1787 na eminência de perder seus privilégios a nobreza pressiona pela convocação da Assembleia dos Estados Gerais (é a chamada revolta aristocrática). Nos Estados Gerais a nobreza tem sua primeira derrota, o 3° estado se mostrava muito descontente, a burguesia que havia enriquecido reivindicava diretos iguais ao dos outros estados, a massa empobrecida do terceiro estado inflamou-se.
O 1° e o 2° estado buscavam manter a velha norma, o 3° estado não aceitou o modelo de votação e o rei paralisou os trabalhos. Em 17 de junho 1789 a burguesia acompanhada de alguns clérigos e nobres, proclamaram a Assembleia Nacional. O rei tenta interromper os trabalhos, os revolucionários tomam a prisão da Bastilha em 14 de julho de 1789 a fim de evitar represarias. Em 4 de agosto de 1789, o rei é forçado a assinar a constituição, com isso tem seus poderes limitados, são abolidos os direitos feudais que garantiam os privilégios do 1° e 2° estado. O rei Luís XVI deixava de ser um rei absolutista e a França se tornava uma monarquia constitucional.
Logicamente o rei e grande parte dos membros do 1° e 2° estado não se conformavam com a situação. Vários clérigos saíram da França, os reis absolutistas da Áustria e da Prússia uniram forças para apoiar Luis XVI em uma reação. Ele tentou fugir da França em 20 de junho de 1791 para organizar uma invasão, foi reconhecido e reconduzido a Paris. O exército prussiano invade a França na tentativa de sufocar a revolução, a população consegue derrotar o exército invasor e o rei é guilhotinado, contrariando a vontade de membros da alta burguesia que não queriam punir o rei.
Em 22 de setembro de 1792, grupos mais radicais ganham força e proclamam a Republica (fase da Convenção Nacional). No contexto da república os principais grupos políticos são: os Girondinos (alta burguesia, temia que as camadas populares assumissem o controle), os Jacobinos (pequena burguesia e o proletariado, apoiados pelos sans-culottes) e a planície (burguesia financeira que mudava de posição conforme a conveniência).
Em 1793 se inicia a chamada Ditadura Jacobina, liderada por Robespierre cria-se o tribunal revolucionário e o comitê de salvação para controlar o exército e administrar o país. Este período mais radical ficou conhecido como período do terror devido ao grande número de pessoas que foram julgadas e condenadas a morte pela acusação de agirem contra a revolução. Mesmo trazendo ordem interna e garantindo êxito contra os invasores Robespierre não conseguiu manter o apoio dos sans-culottes e de parte dos Jacobinos, a planície e os Girondinos se uniram e conseguiram derrubar seu governo.
Com a morte de Robespierre em 1794, a Convenção Nacional passou a ser controlada pelos Girondinos. Com uma nova orientação política resolveram elaborar uma nova constituição que ficou pronta em 1795.  A frança se manteve uma republica, porém agora controlada por um grupo de cinco membros eleitos pelo legislativo (fase do diretório).

Esse modelo durou até 1799, foi ameaçado internamente por monarquistas e por jacobinos, externamente por monarquias absolutistas vizinhas. Em meio a esta instabilidade um jovem general que havia conquistado prestígio por seu desempenho, ganha o apoio da alta burguesia e do exercito. Trata-se de Napoleão Bonaparte. No dia 10 de novembro de 1799 Napoleão dissolve o diretório e inaugura o Consulado. Episódio do 18 Brumário, que evitou a nova chagada de grupos populares no poder.